BIM e Model Checking: o que é e porquê são precisos os processos de validação de dados
BIM e Model Checking aplicado ao modelo disciplinar individual e ao modelo integrado (Merged Model)
O desenvolvimento de processos de trabalho colaborativos e partilhados é a essência da inovação introduzida pela abordagem BIM no setor da construção.
O BIM não é apenas modelagem tridimensional. Isso é, na verdade, a possibilidade de gestão integrada de todas as informações geométricas e alfanuméricas de um edifício ao longo do inteiro ciclo de vida do mesmo: a partir das fases de projeto e desenho àquelas de uso e manutenção, até as de reconversão e desmantelamento.
Tudo isto é possível graças aos objetos paramétricos 3D capazes de guardar, gerir e transmitir estas informações.
Daí a atenção que órgãos reguladores, organizações profissionais, instituições de pesquisa e órgãos da administração pública em vários Países dão à preparação de linhas guias ou projetos-piloto: definir e sugerir novos procedimentos colaborativos entre os atores principais da realização de um novo edifício.
As “autorizações” assumem o nome de Gate nas normas PAS 1192-2:2013. Estas “portas” podem ser atravessada apenas no final de um processo de controle, revisão e aprovação.
O procedimento de validação das informações não se referirá apenas às etapas finais de um projeto. Isso irá acompanhá-las ao longo do desenvolvimento, representando um dos aspetos centrais da metodologia BIM.Quais são as características de um procedimento de validação no contexto BIM? E quais são as etapas?
O desenvolvimento da metodologia e das tecnologias BIM, conjuntamente à evolução de formatos de dados neutros e interoperáveis, favoreceram a difusão do interesse numa atividade conhecida como Model Checking, expressão frequentemente utilizada (erroneamente) para indicar a Clash Detection (verificação de interferência), que é um dos aspetos dela.
Model Checking, o que é
Em geral podemos dizer que a validação de um modelo acontece na atividade de verificação dos requisitos e das funcionalidades, a qual é executada de forma concetualmente semelhante ao que é normalmente pedido numa abordagem de projeto tradicional.
Operacionalmente, isso implica a verificação da conformidade aos requisitos de projeto e de normas (Code Checking), bem como a verificação do regular desenho do que tinha sido planejado (Clash Detection).
No contexto BIM tudo isso será acompanhado por uma “verificação formal” das informações dos objetos paramétricos que constituem os modelos virtuais.
Os formatos de dados interoperáveis, dos quais o mais famoso e difundido é o formato IFC, permitem hoje superar velhos problemas típicos do intercâmbio de dados, evitando problemas de interpretações e até a impossibilidade de aquisição.
O controle da integridade dos dados, em vez, deverá ser feito antes de executar as análises específicas: por exemplo, uma análise energética necessitará que todas as estratigrafias dos componentes opacos de um edifício tenham sido implementadas e que os respetivos “atributos” tenham sido devidamente valorizados.
Uma “verificação formal” poderia ser necessária também em relação à exatidão da modelagem: um muro de fechamento de um edifício que tenha uma altura maior do que o espaço entre os respetivos andares poderia ser um problema de desenho, capaz de gerar consequentemente um errado orçamento caso o modelo fosse integrado, sem correções, em procedimentos destinados a esta análise.
Além disso, outra verificação formal importante para o desenvolvimento do desenho no contexto BIM é a comparação entre o LOD (Level of Development), requerido pelos documentos de contrato numa determinada fase de projeto, e a tipologia de informações conteúdas no BIM Model.
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