BIM no mundo: confira a revolução da indústria da construção
O BIM é uma ferramenta fundamental no mundo para o crescimento da economia: por isso, muitos Países já iniciaram a digitalização da indústria da construção
O BIM é atualmente uma ferramenta central no mundo quanto às políticas nacionais e globais que visam o desenvolvimento das infraestruturas e da indústria da construção.
Hoje, vamos resumir o ponto de difusão do BIM no mundo, olhando para os maiores Países dos 5 continentes. Proporcionamos uma análise das políticas, das ferramentas e dos órgãos que estão implementando os processos de digitalização do setor da indústria da construção, graças ao valor estratégico do BIM.
O que é o BIM
BIM é o acrônimo de Building Information Modeling (Modelagem da Informação da Construção). Ele não é apenas um software e sim uma metodologia que permite realizar um modelo virtual da construção que contenha todas suas informações (arquitetônicas, estruturais, de instalações, de desempenho energético). As informações dizem respeito não apenas às fases de projeto, quanto ao inteiro ciclo de vida da construção.
As vantagens do BIM
Há já alguns anos fica evidente que os processos de construção tradicionais são insustentáveis e ineficazes, devido a:
- perda de informações a cada momento;
- informações erradas ou inúteis;
- escolhas de projeto não compartilhas ou falhas do cliente que resultam em retrabalhos;
- aumento ilimitado de tempo e custos;
- falta de comunicação entre os atores envolvidos.
Por permitir solucionar todas essas questões, muitos Países acham o BIM fundamental para o relançamento da indústria da construção, dessa vez digital e sustentável.
O BIM no mundo
Agora, vamos analisar o estado de difusão do Building Information Modeling no mundo, tanto em Países à vanguarda (Reino Unido, Escandinávia), quanto em Países que começam a abordar o BIM (Austrália e Canadá).
O BIM na América do Norte
O BIM nasceu na América do Norte, especificadamente nos Estados Unidos: lá foi experimentado e se afirmou, até se espalhar a nível global. Contudo, após uma primeira fase de crescimento, o processo de transformação da indústria da construção perdeu sua dinâmica devido à alta fragmentação entre os Órgãos federativos e os Estados.
Hoje, a digitalização dos processos da indústria da construção nos EUA tem mais força graças a 2 aspetos fundamentais: padronização e colaboração.
No Canadá, teve esforços notáveis para apoiar a adoção do BIM não apenas no setor da indústria da construção AEC (Architecture Engineering Construction), mas sobretudo para específicas políticas nacionais.
Enquanto a comunidade canadense de técnicos e empresas da indústria da construção já está pronta para a mudança para o digital, as instituições ainda ficam paradas: falta uma política institucional sobre BIM, assim como obrigações normativas para sua utilização nas obras públicas. As empresas e os técnicos canadenses acabam assim se organizando automaticamente, permitindo a difusão de projetos piloto inovadores.
O BIM nos Estados Unidos
Saiba mais sobre o estado do BIM nos EUA no seguinte artigo.
O BIM no Canadá
Saiba mais sobre o estado do BIM no Canadá no seguinte artigo.
O BIM na América Latina
Nos Países latino-americanos, os processos de digitalização do setor da indústria da construção partiram com leve atraso comparados com os Países europeus ou norte-americanos. Contudo, seu vigor e seu dinamismo estão lhe permitindo uma rápida difusão.
Em julho de 2017, o Brasil institui o Comitê Estratégico para a implementação do BIM (CE-BIM) e um Comitê Gestor do BIM (CG-BIM), com 6 grupos específicos. A Estratégia BIM BR se organiza em finalidades, objetivos, ações, indicadores, metas.
Em 9 de setembro de 2019, o Jornal Oficial peruano El Peruano promulgou um decreto para a integração gradual do BIM em obras públicas. O decreto, realizado pelo Ministério da Economia e das Finanças, visa reduzir os custos adicionais e os atrasos na realização de infraestruturas públicas, bem como aprimorar seu funcionamento e manutenção e providenciar maior transparências nos processos públicos. Tudo isso constitui o primeiro passo da estratégia nacional chamada de Plano BIM Peru.
Em agosto de 2019, mesmo com atraso comparado com outros Países, a Argentina adotou um plano visando a adoção do BIM para todas as obras públicas a partir de 2025. O plano pretende desenvolver um conjunto de princípios, linhas guia e procedimentos para regulamentar e estabelecer uma metodologia de trabalho para os setores da indústria da construção que tenham interesse nos processos BIM.
O BIM na Argentina
Saiba mais sobre o estado do BIM na Argentina no seguinte artigo.
O BIM no Brasil
Saiba mais sobre o estado do BIM no Brasil no seguinte artigo.
O BIM no Peru
Saiba mais sobre o estado do BIM no Peru no seguinte artigo.
O BIM na Ásia
A análise da difusão do BIM no mundo não pode fazer sem o continente asiático, no meio de seu desenvolvimento digital e econômico.
A China é com certeza o País asiático que está mais familiarizado com o BIM, tendo a maior taxa de crescimento e difusão: a partir de 2016, registou-se um aumento exponencial do grau de utilização do BIM por arquitetos e empresários chineses. De 2016 até hoje, o número de arquitetos que começaram a utilizar o BIM para seus projetos subiu de 89% e de 108% entre as empresas. Esse nível de crescimento demonstra o alto valor dessa ferramenta.
Ao contrário, outros Países, como a Turquia, têm dificuldades: uma pesquisa publicada em dezembro de 2018 levanta muitos obstáculos que podem atrapalhar a digitalização da indústria da construção, nomeadamente a falta de interesse das instituições e do mundo acadêmico.
A Rússia, o maior estado intercontinental do mundo, está tentando se tornar um País líder para a utilização do BIM, visando exportar seu conhecimento em todo o mundo.
Conforme a pesquisa “Mercado dos modelos de informação sobre a indústria da construção BIM – Oportunidades e previsões para 2022“, o mercado BIM vai alcançar 11,7 milhões de dólares dentro de 2022, com um taxo de crescimento anual de +21,6%. Prevê-se um grande aumento da demanda do BIM na Ásia e nos Países caucásicos: isso é um mercado que a Rússia não se pode dar ao luxo de perder.
O BIM na China
Saiba mais sobre o estado do BIM na China no seguinte artigo.
O BIM na Rússia
Saiba mais sobre o estado do BIM na Rússia no seguinte artigo.
O BIM na Turquia
Saiba mais sobre o estado do BIM na Turquia no seguinte artigo.
BIM no mundo: a Europa
O continente se orgulha do maior número de políticas e best practices sobre o BIM, graças a maior abertura para as políticas de renovação do setor da construção.
Os governos europeus, sobretudo o Reino Unido e os Países escandinavos, compreenderam já há muito tempo que é preciso promover a mudança para o digital, afins de tornar o setor da construção mais eficaz e reduzir ao mínimo os desperdícios de tempo e dinheiro.
Desde o pós-guerra, o governo inglês ponderou a questão de como utilizar as tecnologias informáticas no setor da construção e aproveitar suas evidentes vantagens. Os progressos da revolução digital inglesa ficam claros na obrigação, lançada em 2011, de utilizar modelos BIM para qualquer projeto público e para grandes infraestruturas. Isso fez com que o Reino Unido ocupe o primeiro lugar na Europa quanto a desenvolvimento das construções.
Na França, o Plan Transition Numérique dans le Bâtiment (Plano de Transição Digital da Construção) visa a total difusão do BIM no projeto e gerenciamento das obras públicas tanto nas grandes infraestruturas como no setor da construção privada.
Em 2015, a Alemanha começou se inspirar ao exemplo do Reino Unido. As políticas estaduais alemãs se concretizaram com a aprovação do plano para as construções digitais: ele remarca a importância de um planejamento adequado e da digitalização dos processos. Em seguida, foi anunciado que a utilização do BIM em obras públicas será obrigatória para todos os projetos de transporte e infraestruturas alemãs dentro de 2020.
O BIM no Reino Unido
Saiba mais sobre o estado do BIM no Reino Unido no seguinte artigo.
O BIM na França
Saiba mais sobre o estado do BIM na França no seguinte artigo.
O Bim na Alemanha
Saiba mais sobre o estado do BIM na Alemanha no seguinte artigo.
Ao contrário dos demais Países no mundo, os escandinavos se relacionam um com o outro, desenvolvendo organizações e plataformas comuns. buildingSMART Nordic, por exemplo, é uma organização sem fins lucrativos comum a mais Países: ela é composta por representantes da Finlândia, Suécia, Dinamarca e Noruega, membro da buildingSMART International.
Na Finlândia, o BIM já é estabelecido: a empresa governativa Senate Properties, responsável pelo patrimônio público imobiliário, começou a promover projetos com o BIM já desde 2001. Na Suécia, a Swedish Standards Institute (SIS) publica desde 1991 um guia para a promoção do BIM; em 2014, a BIM Alliance Sweden juntou os principais órgãos e atores públicos e privados para encontrar recursos maiores para apoiarem a inovação do setor da construção.
O elemento-chave da estratégia espanhola sobre BIM é a cooperação entre os diferentes atores de todos os setores envolvidos, bem como o acompanhamento do processo pelo Ministério do Desenvolvimento. Por meio do comitê BIM, ele realizou o projeto es.BIM visando acelerar a difusão do BIM na Espanha. Uma pesquisa investigada pela es.BIM mostra um aumento de 700% de licitações públicas baseadas na metodologia BIM no primeiro trimestre de 2018, comparado com o mesmo período em 2017. Pode-se afirmar que a tendência para incluir os processos BIM nas licitações públicas se torna cada vez maior.
O BIM na Escandinávia
Saiba mais sobre o estado do BIM na Escandinávia no seguinte artigo.
O BIM na Espanha
Saiba mais sobre o estado do BIM na Espanha no seguinte artigo.