Architectural Visualization: da representação a apresentação até o BIM
As melhores dicas para representação de projetos de arquitetura a seus clientes com o uso de ferramentas BIM
O termo representação de projetos de arquitetura refere-se à representação de um edifício novo de forma facilmente compreensível, antes da sua realização. Aliás, podemos defini-lo como o conjunto de técnicas usadas para apresentar um projeto, valorizar os seus aspectos positivos e representá-lo da forma mais real possível.
Geralmente, costuma-se representar o edifício através de documentos bidimensionais (plantas, cortes, elevações, vistas em corte isométricas, renders) ou até mesmo mediante modelos tridimensionais.
Representação de projetos de arquitetura: ontem
Tradicionalmente, para representação de projetos de arquitetura os projetistas recorriam a desenhos técnicos em papel, tanto para clientes quanto para construtoras. Esses documentos em papel — sobretudo cortes, detalhes de construção, esquemas de estruturas e das instalações prediais — acabavam ocupando muito espaço e gerando verdadeiras papeladas.

Louis Isadore Kahn trabalhando com um tecnigrafo
Vale lembrar que a representação de projetos de arquitetura não é apenas um momento para para surpreender o cliente com efeitos especiais — muito pelo contrário, o primeiro beneficiário das representações é o projetista, pois ele é quem tem o papel de verificar as escolhas feitas com o cliente, que poderá aprová-lo ou inclusive solicitar alterações.
Representação de projetos de arquitetura: hoje
Renders e animações foto realistas
Hoje, estão sendo cada vez mais utilizadas apresentações em vídeo que incluem todas as informações gerais e detalhadas para uma melhor ilustração do projeto: pranchas gráficas, renders, animações em 3D e vídeos que permitem explorar os novos ambientes a partir de inúmeros pontos de vista.
Essas ferramentas possibilitam uma análise mais eficaz de aspectos complexos e articulados, promovendo uma avaliação mais objetiva da obra a ser realizada.
Uma representação 3D realista do projeto, graças a materiais, luzes e sombras, às vezes acaba por ser indistinguível de uma fotografia. Isso, por sua vez, permite obter resultados representativos muito próximos do resultado final esperado.
De acordo com uma pesquisa realizada entre técnicos e especialistas em marketing, um projeto apresentado utilizando a renderização é mais eficaz, além de possuir muito mais chances de ganhar contrato, em comparação com um projeto apresentado apenas com pranchas gráficas. A renderização foto realista de fato mostra, juntamente com as geometrias, objetos do cotidiano e figuras humanas que interagem com os novos ambientes. Essa abordagem, portanto, apresenta o espaço de maneira mais abrangente e atrativa.
Representação de projetos de arquitetura: amanhã
Realidade aumentada
Embora a renderização seja uma das técnicas de representação mais usadas, ainda há uma certa desconfiança em outras formas de representação de projetos de arquitetura, como a realidade aumentada.
Por exemplo, no caso de móveis de interior, a realidade aumentada é muito explorada por diferentes aplicativos no mercado, pois permitem escolher uma peça de mobiliário e colocá-la diretamente no ambiente.
Ser capaz de comunicar o valor do projeto serve para destacar ao cliente quais são especificidades e características do mesmo, além de justificar custos de projeto e construção.
Na verdade, por mais foto realista que seja, o render permanece uma representação estática, um desenho. A realidade aumentada, pelo contrário, é interativa: permite que projetista e cliente interajam, obtendo perspectivas diferentes e relacionando-se com o modelo para entendê-lo completamente, tudo em tempo real.
Em outras palavras, a realidade aumentada reduz a distância entre o que é representado pelo projetista e o que o cliente espera, evitando assim riscos de mal-entendidos, erros, mudanças e alterações no curso do trabalho.
O render é uma imagem o mais real possível do futuro, mas não fornece informações sobre especificações de materiais ou dimensões reais de ambientes e/ou objetos. A realidade aumentada, pelo contrário, é um modelo 3D, ou seja, um modelo contendo dados sobre forma, geometria e materiais que pode ser verificado pelo cliente para obter mais informações sobre o edifício e procurar alternativas rápidas.
Realidade virtual imersiva

Equipamento para realidade virtual BIM
A realidade virtual imersiva, graças a seu potencial de reproduzir um ambiente em sua totalidade, permite que o usuário mergulhe no cenário virtual: o equipamento necessário compõe-se de óculos de realidade virtual, fones e controles de mão.
Criar um projeto realista de forma a não deixar espaço para possíveis mal-entendidos entre cliente e construtora: em poucas palavras, este é o objetivo que se pretende alcançar graças ao uso de softwares BIM.
O programa Edificius possui vários ambientes para ajudar o projetista a entregar uma representação de projetos o mais fiel possível:
- BIM Video Studio: os vídeos criados neste ambiente são modificados de forma automática ao alterar o modelo BIM. Todo o material de representação pode ser montado de forma fácil numa time-line, definindo sequência ou sobreposição de textos e imagens, estáticas ou dinâmicas, referentes a pranchas gráficas ou fotografias.
- Realidade Virtual Imersiva: o primeiro ambiente de trabalho de realidade virtual imersiva dinamicamente ligado a uma ferramenta de autoria BIM para projeto de arquitetura. A integração entre Edificius e VRiBIM permite criar modelos BIM, exploráveis, com os quais interagir através da tecnologia de realidade virtual imersiva.
- Renderização em Tempo Real: a visualização do modelo BIM renderizado em tempo real permite navegar dinamicamente no projeto com materiais, luzes e efeitos.
- Carregamento direto na plataforma BIM colaborativa usBIM.platform.